Oi, Ana, tudo bem? Saudades de você...
Antes de mais nada, me perdoe por não enviar antes. Espero que ainda dê tempo e que seja o que você precisa.
Como você falou que tinha que ser algo resumido, escrevi algumas palavras em forma de depoimento.
Sonhos, utopias, desejo de mudanças...
Foi isso que nos aproximou e nos uniu.
Embaladas por canções de protestos, amor fraterno e amizade, seguimos (e seguiremos) durante todo o tempo na esperança de que um dia veremos um mundo diferente, melhor e mais justo.
Quando conheci a Ana Cláudia, eu pouco falava com ela. Tinha receio porque ela sempre estava à frente das coisas, falando para as pessoas, liderando o grupo... e eu pensava: “nossa que gigante é esta mulher, apaixonada pela vida, pelas pessoas”. Pensei que sempre a admiraria, mas que jamais seria próxima dela.
Eu tinha razão: a Ana sempre foi uma mulher gigante na sua nobreza de amar sem precedentes, e de se doar ao outro/ outra somente por reconhecer em cada pessoa a imagem de Deus que nos faz irmãos e irmãs; isso faz com que minha admiração por ela sempre cresça.
Mas eu errei quando achei que jamais nos aproximaríamos, pois justamente este gigantismo a fez humilde, humilde o suficiente para se aproximar de todas as pessoas que a cercam, inclusive, eu.
Tornamo-nos mais que amigas, tornamo-nos irmãs, tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais!
Juntas, vivemos muitas aventuras nesta busca utópica de “mudar o mundo”, assim como fez há muito tempo “um tal Jesus”.