Mulheres da Minha Vida

Criei este blog, como complemento da comemoração dos meus 40 anos, que acontece este ano no dia 20 de setembro, aqui pretendo colocar os depoimentos de pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida de maneira especial. Desde o fim de 2009, venho me empenhando para reunir os depoimentos de 40 mulheres para colocar num livro e agora que os tenho, quero partilhá-los com outras pessoas também.

Talvez muitos dos meus amigos perguntem, assim como meus irmãos já me perguntaram, mas por que não os homens também?? A resposta é simples, estou num momento muito especial de minha vida. E a vida me foi dada por uma mulher, claro que com a contribuição de um homem, mas a minha mãe teve um papel fundamental neste processo e quero valorizar a mulher.

Sou mulher, negra e feliz por ter a oportunidade de ter chegado até aqui!

Tenho certeza que depois da criação do blog, outras me escreverão. E estes terão um registro aqui.

E talvez seja um incentivo para aquelas que não escreveram, ainda me encaminharem algo. O material ainda não está pronto e acabado, contribuam com fotos e outros meios criativos.

Mas seja rápida, pois senão vai ficar de fora da comemoração!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Rosemary, uma história de mulher

Uma mulher... quando penso nisso, fico a imaginar... como? Uma mulher!!! Sim, sou uma mulher... quem diria que um dia eu seria. Sinto-me ainda como se tivesse 15 anos. Lembro-me dessa idade! Ah...quero ter 15 anos para sempre! A melhor idade. O tempo passou... claro! Não para. Cheguei aos 18. Várias experiências, possibilidades e... responsabilidades. Assumir uma casa, assumir as rédeas da própria vida. Para quem não escolhia nem as roupas que vestia.
Então, a Igreja. Encontrar pessoas que tinham os mesmos desejos, mesmos anseios. Li um livro: Olho vivo, Juventude!
Ainda me lembro da frase que eu disse: “É isso! É nisso que acredito.”  Evangelizar a juventude, despertando o senso crítico, desenvolvendo a fé, conhecer e lutar pelo Reino de Deus.
Eu acreditava! E encontrar pessoas com as mesmas idéias, pensamentos, desejos foi fundamental para a minha formação enquanto pessoa, enquanto ser humano.
Conheci a autora do livro, Ana Cláudia de Brito Moura. Fazíamos parte do mesmo grupo, a Pastoral da Juventude. E nela vivemos muitas, muitas e muitas situações: cursos, encontros, palestras, reuniões, gincanas, campanhas, abaixo assinados, protestos, viagens... tudo para e com a juventude.
Um mundo melhor! O Reino de Deus aqui na Terra! A civilização do Amor! Cidadania! Outro mundo é possível, lema do Fórum Social Mundial.
Mas a vida não é só sociedade. Há a vida pessoal e individual que precisa ser desenvolvida.
Assim, longas conversas, os bate papos, os barzinhos da vida. E nesse contexto, amizade. Amizade verdadeira. Daquelas que vou levar para o resto da vida... e depois dela também. Sou o que sou porque tenho um pouco de cada um e cada uma que passou pela minha vida.
A terapia grupal. E assim, a vida... encontros, reencontros... e hoje, o reencontro com Ana Cláudia. Amores e desamores... e hoje, Ana casada.
Lembro-me do casamento. Quanta honra... fui uma das madrinhas. Aprontamos e depois ficamos com receio de criar um conflito com o noivo depois da despedida de solteira. Fizemos uma festa de despedida de solteira... meio diferente. Estávamos inspiradas naquele período. Convidamos as amigas da Ana e uns rapazes para Streep tease. Todas pensaram que eram profissionais. Mas eram meus primos e seus amigos bonitões. Foi bem divertido. Tudo com muito respeito, claro!
Depois que a Ana casou, passei a acreditar que aquela história de pegar o bouquet da noiva pode funcionar. Meu namorado (naquele dia) pegou o bouquet. Quase apanhou! Teve que devolver, pois as moças estavam eufóricas! Um pouco mais de um ano depois, ele casou. Não foi comigo. Funcionou, afinal, quem pegou o bouquet foi ele e não eu.
Quem diria, depois de tantas aventuras juntas, em que Ana e Keli faziam complôs para ver se eu ficava com alguém, vejo o quanto evolui. No dia do casamento da Ana, meu namorado e primo, foi meu parceiro padrinho do casamento. Alguns meses depois, Ana veio ao Brasil passar o Natal e um dos nossos passeios foi na Paulista. E lá estava eu com um “amigo”, de quem eu queria ser mais que amiga, apaixonada! De novo! E hoje, um ano e meio depois, estou namorando outro, não o amigo. Mudanças. É assim quando a gente se permite viver.
Quantas mudanças profissionais. Sou professora. Estive coordenadora pedagógica em duas escolas e hoje, coordenadora pedagógica numa Secretaria de Educação. Muitas escolas, muito aprendizado, partilhas. E em breve, outra faculdade: Psicologia. Levo jeito. E talvez, um mestrado em Psicologia Educacional. Por que não?
E eu... mulher!
Resultado de toda uma juventude de crenças, de fé, de ações, de vida, com os mesmos anseios, mesmos e outros desejos, lutas e crença num mundo melhor. Um outro mundo possível com Educação.
Atualmente, trabalho tanto quanto antes, namoro mais, brinco mais, curto mais a família, os amigos, os passeios, participo mais, vou mais à igreja, sou mais feliz, mais equilibrada. São meus desejos.
Beijos à querida amiga Ana Cláudia.
Rosemary

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