Pensei que seria fácil falar de uma pessoa de quem gosto tanto, mas me intimidei em colocar no papel meus sentimentos, porque sabia que a saudade de tantos momentos viria à tona. Chamo-me Santilia, moro em São Paulo, tenho 41 anos de idade, sou professora da Rede Estadual de Ensino, solteira. Voltando para os meus 20 anos, foi nessa época que conheci a Claudinha, tempos bons aqueles... Eu participava do grupo de Jovens São João Batista e ela da Comunidade Nossa Senhora das Graças. Interessante que eu e a Clau vivemos tantos momentos juntas, que não consigo me lembrar ao certo em que época me deparei com ela. Mas me lembro muito bem de que certo dia estávamos conversando, e ela, aquela garotinha de fita branca no cabelo e saia comprida, com seus 17 ou 18 anos, disse que queria trabalhar. Nessa conversa, falei para ela que trabalhava numa Transportadora chamada Ser Ideal Transportes, eu era auxiliar de cobrança. A Claudinha falou que queria trabalhar para custear os estudos, então falei que estavam admitindo funcionários na transportadora e que a indicaria para a vaga. Resultado, a Clau passou a ser minha companheira de trabalho e, mais tarde, de cursinho e de tantos outros momentos que vivemos juntas. Foram momentos de muita alegria: viajamos para o Estado do Espírito Santo, fomos para Vitória num Congresso da Igreja Católica; fomos para o Pontal do Paranapanema, com a Pastoral dos Sem-Terra, viagem muito cansativa, mas que valeu todo o esforço por uma boa causa, como disse Fernando Pessoa “Tudo vale a Pena se a alma não é pequena!”
Houve uma época em que saíamos para dançar. A Clau fez dança de salão com o pessoal da USP, assim, quando tinha baile, ela sempre me chamava, apesar de não saber dançar, eu ia!! Ah, não posso deixar de contar que muitas vezes eu e a Clau íamos ao cinema, geralmente aos domingos. Engraçado é que, na maioria das vezes, eu assistia ao filme sozinha. Ela sempre dormia. Depois eu dava muita risada porque ela dizia que sabia tudo sobre o filme!!!
O tempo foi passando, a Clau se tornou uma mulher que admiro demais, porque sempre foi muito inteligente, determinada, otimista, dedicada, amiga... são tantos adjetivos que não cabem nestas linhas. Quero dizer que mesmo distante, Clau, você faz muita falta! Deve saber o quanto nossa amizade é valiosa. Tenho orgulho de ser sua amiga, desejo de todo meu coração que seus 40 anos sejam abençoados com muita saúde, paz, alegria, amor! Que daqui a 40 anos, possamos escrever mais um pouco de nossas histórias.
Beijos
San
Santilia lendo seu relato me bateu uma saudade daqueles tempos que saíamos juntas. Um abraço p vc!
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