Mulheres da Minha Vida

Criei este blog, como complemento da comemoração dos meus 40 anos, que acontece este ano no dia 20 de setembro, aqui pretendo colocar os depoimentos de pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida de maneira especial. Desde o fim de 2009, venho me empenhando para reunir os depoimentos de 40 mulheres para colocar num livro e agora que os tenho, quero partilhá-los com outras pessoas também.

Talvez muitos dos meus amigos perguntem, assim como meus irmãos já me perguntaram, mas por que não os homens também?? A resposta é simples, estou num momento muito especial de minha vida. E a vida me foi dada por uma mulher, claro que com a contribuição de um homem, mas a minha mãe teve um papel fundamental neste processo e quero valorizar a mulher.

Sou mulher, negra e feliz por ter a oportunidade de ter chegado até aqui!

Tenho certeza que depois da criação do blog, outras me escreverão. E estes terão um registro aqui.

E talvez seja um incentivo para aquelas que não escreveram, ainda me encaminharem algo. O material ainda não está pronto e acabado, contribuam com fotos e outros meios criativos.

Mas seja rápida, pois senão vai ficar de fora da comemoração!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Santilia, uma história de histórias

                                     


40 anos de Ana Claudia

Pensei que seria fácil falar de uma pessoa de quem gosto tanto, mas me intimidei em colocar no papel meus sentimentos, porque sabia que a saudade de tantos momentos viria à tona. Chamo-me Santilia, moro em São Paulo, tenho 41 anos de idade, sou professora da Rede Estadual de Ensino, solteira. Voltando para os meus 20 anos, foi nessa época que conheci a Claudinha, tempos bons aqueles... Eu participava do grupo de Jovens São João Batista e ela da Comunidade Nossa Senhora das Graças. Interessante que eu e a Clau vivemos tantos momentos juntas, que não consigo me lembrar ao certo em que época me deparei com ela. Mas me lembro muito bem de que certo dia estávamos conversando, e ela, aquela garotinha de fita branca no cabelo e saia comprida, com seus 17 ou 18 anos, disse que queria trabalhar. Nessa conversa, falei para ela que trabalhava numa Transportadora chamada Ser Ideal Transportes, eu era auxiliar de cobrança. A Claudinha falou que queria trabalhar para custear os estudos, então falei que estavam admitindo funcionários na transportadora e que a indicaria para a vaga. Resultado, a Clau passou a ser minha companheira de trabalho e, mais tarde, de cursinho e de tantos outros momentos que vivemos juntas.  Foram momentos de muita alegria: viajamos para o Estado do Espírito Santo, fomos para Vitória num Congresso da Igreja Católica; fomos para o Pontal do Paranapanema, com a Pastoral dos Sem-Terra, viagem muito cansativa, mas que valeu todo o esforço por uma boa causa, como disse Fernando Pessoa “Tudo vale a Pena se a alma não é pequena!”
Houve uma época em que saíamos para dançar. A Clau fez dança de salão com o pessoal da USP, assim, quando tinha baile, ela sempre me chamava, apesar de não saber dançar, eu ia!!  Ah, não posso deixar de contar que muitas vezes eu e a Clau íamos ao cinema, geralmente aos domingos. Engraçado é que, na maioria das vezes, eu assistia ao filme sozinha. Ela sempre dormia. Depois eu dava muita risada porque ela dizia que sabia tudo sobre o filme!!!
O tempo foi passando, a Clau se tornou uma mulher que admiro demais, porque sempre foi muito inteligente, determinada, otimista, dedicada, amiga... são tantos adjetivos que não cabem nestas linhas. Quero dizer que mesmo distante, Clau, você faz muita falta! Deve saber o quanto nossa amizade é valiosa. Tenho orgulho de ser sua amiga, desejo de todo meu coração que seus 40 anos sejam abençoados com muita saúde, paz, alegria, amor! Que daqui a 40 anos, possamos escrever mais um pouco de nossas histórias.

Beijos
San

Um comentário:

  1. Santilia lendo seu relato me bateu uma saudade daqueles tempos que saíamos juntas. Um abraço p vc!

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